Resumo: | Este ensaio se propõe a compreender a cultura escolar burguesa praticada no Ginásio Catarinense, estabelecimento de ensino secundário, localizado na cidade de Florianópolis (cidade da região Sul do Brasil), dirigido por padres jesuítas alemães e freqüentado por adolescentes do sexo masculino, durante a primeira metade do século XX. Por um lado, analisa os saberes sofisticados transmitidos por esse colégio, definidos pelos poderes públicos mas ressignificados pela visão católica e germânica do clero jesuíta. Ele coloca o foco também sobre as habilidades distintivas desenvolvidas entre os estudantes, que concorriam para a produção de um habitus burguês. O artigo apresenta uma perspectiva “sócio-histórica”, sendo apoiado empiricamente em depoimentos de ex-alunos e em abundantes documentos escritos, de modo especial nos relatórios anuais do colégio.
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