Resumo: | Este artigo não ambiciona apresentar uma proposta original para o processo de regionalização, nem tão pouco tomar posição a favor ou contra o processo em si. Resulta de uma avaliação individual e objectiva da evolução do processo tendente à criação das regiões e do debate que têm suscitado. No entanto, apresenta um contributo da análise da economia política para a avaliação da regionalização face a outras alternativas. Pretende ainda mostrar que: - a regionalização, não sendo uma reforma inevitável, é uma reforma estrutural possível. - é uma opção política que originara importantes repercussões sobre o sistema político, - sobre a restruturação da administração central e sobre a organização sócio-económica em geral. - Muitas das repercussões não foram suficientemente estudadas; este artigo apresenta alguns dos efeitos das regiões ao nível financeiro. - e uma opção válida enquanto estratégia de medio e longo prazo. As vantagens que poderá ter manifestar-se-ão apenas no longo prazo pois que, a curto prazo os custos excederão os benefícios. - a oportunidade política para regionalizar pode existir na actualidade mas, a oportunidade do ponto de vista económica é mais discutível, dada a incerteza que a introdução do Euro gerara, num clima de exigência de rigor ornamental.
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