Resumo: | O estudo das exposições de arte em Portugal, nomeadamente, sob a responsabilidade da Fundação Calouste Gulbenkian, e o seu impacto, só agora começam a ser analisados e compilados no projecto “Catálogo Raisonné das exposições de arte da Fundação Calouste Gulbenkian”. Neste âmbito, as três Exposições de Artes Plásticas constituem um importante testemunho do que foi o papel da Fundação e a sua vontade relativa ao panorama artístico nacional, ao longo de três décadas do século XX. Para tal, além de uma breve abordagem da I e II Exposições de Artes Plásticas, procurou-se ir ao encontro do que foram os anos oitenta em Portugal, verificando-se que se caracterizaram por uma enorme efervescência criativa, a par com a abertura de diversas galerias de arte. No seguimento das duas primeiras Exposições de Artes Plásticas, a III Exposição terá sido, talvez, a mais controversa, sendo escrutinada pela crítica de arte, devido à repetição de modelos salonísticos num contexto artístico cada vez mais actual e atento ao que se passava no estrangeiro. Procurando alcançar o objectivo de grande panorâmica da primeira metade dos anos oitenta em Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian reuniu numerosos trabalhos submetidos, pondo, no entanto, de parte, nomes fortes do contexto artístico nacional da década de oitenta.
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