| Summary: | A forma como os humanos escolhem os seus parceiros tem evoluído no tempo e os fatores envolvidos neste processo continuam a ser intensamente debatidos, tendo as preferências de parceiro merecido a atenção de inúmeros estudos. As investigações de Simpson e Rholes (2017) entre outros estudos, evidenciam uma forte relação entre a vinculação, preconizada por Bowlby, e as relações amorosas na idade adulta. Foi objetivo do presente estudo compreender a relação entre os estilos de vinculação e as escolhas de parceiro em relações de curta duração. Foram utilizados os questionários de Preferências de Parceiro de Buss, Escala de Vinculação no Adulto (EVA) e Experiências em Relações Próximas - Estruturas Relacionais (ERP-ER). A amostra final incluiu um total de 524 participantes de orientação heterossexual, 129 do género masculino e 355 do género feminino. Através de uma análise fatorial exploratória aferiram-se três dimensões, (Emocionalidade, Recursos e Atratividade/Saúde), com adequadas qualidades psicométricas. Verificaram se diferenças significativas entre géneros, nas preferências de parceiro para relações de curta duração nas dimensões Emocionalidade e Recursos, tendo as mulheres revelado uma maior preferência por estas características comparativamente aos homens. Ainda que não existam diferenças significativas para as preferências de parceiro em função dos estilos de vinculação, os participantes seguros revelaram menor evitamento e ansiedade nas relações. Os resultados foram discutidos de acordo com a literatura.
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