Summary: | Na região do Minho ocorrem diversos corpos pegmatíticos da família LCT- classe de elementos raros, que possuem turmalinas com colorações e hábitos cristalinos variados. Identificaram-se turmalinas milimétricas verdes coexistentes com espodumena, cristais decimétricos de várias cores em fácies pegmatíticas de paroxismo evolutivo e com turmalina rósea em orbículos. Composicionalmente predominam as F-elbaítes, ocorrendo também foitite e rossmanite (análise em microssonda electrónica). Em termos de fraccionação pegmatítica predomina a tendência elbaítica expressa pela substituição 2Fe2+(Y)→Al3+(Y)+Li+(Y), desde, schorl dos contactos, passando pelas foitites e terminando nas elbaítes. O diagrama Ca/Li enfatiza a tendência lidicoatítica pela substituição Na+(Y)+Fe2+(Y)→Ca2+(X)+Li+(Y), que se esboça em análises pontuais dos cristais de Lousado e Guarda. Assim, as turmalinas dos pegmatitos LCT do Minho exibem uma tendência evolutiva que culmina com o enriquecimento em Li e em Ca, semelhante ao que acontece em outros contextos orogénicos com pegmatitos LCT, muito evoluídos.
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