Summary: | O presente estudo teve como objetivo comparar os estados emocionais dos enfermeiros, nomeadamente a ansiedade, depressão e o stresse, em função do regime de horário de trabalho, em horário fixo diurno e por turnos. Pretendeu-se também, explorar e compreender as variáveis moderadoras, nomeadamente as estratégias de coping e o suporte social, em relação às variáveis em estudo. Foi utilizada uma amostra composta por 56 profissionais de enfermagem do Hospital Dívino Espírito Santo de Ponta Delgada, dos quais, 53,6% praticavam turnos (N=30) e 46,4% tinham horário fixo diurno (N=26). Do grupo que trabalhava por turnos (N=30), 86,7% eram do sexo feminino (N=26) e 13,3% do sexo masculino (N=4). Do grupo que trabalhava em horário fixo diurno (N=20), 76,9% eram do sexo feminino (N=20) e 23,1% eram do sexo masculino (N=6). As idades eram compreendidas entre os 23 e os 53 anos (M=32,82; Dp= 8,05). Foi elaborado um protocolo de investigação composto por uma folha de dados sócio-demográficos e foram utilizadas as seguintes medidas: Escala de Coping (COPE) de Carver, Sheir & Weintraub (1989), Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) de Ribeiro (1999), e Escala de Depressão, Ansiedade e Stresse (DASS-42), de Lovibond & Lovibond (1995), traduzida por Baptista, Santos, Silva e Baptista, (1999). Os resultados do presente estudo evidenciaram que os enfermeiros que trabalham por turnos não apresentam mais ansiedade, depressão e stresse, em comparação com os enfermeiros que trabalham em horário fixo diurno. Verificou-se também, que em ambos os grupos, a utilização do suporte social apresentou-se associada a menores níveis de ansiedade, depressão e stresse, com valores mais elevados para os enfermeiros que trabalham por turnos. Relatativamente às estratégias de coping, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em relação às variáveis em estudo.
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