Resumo: | A presente dissertação resulta de um estágio realizado na Sogrape Vinhos S.A, em Avintes. Os objetivos definidos para o trabalho foram a quantificação das perdas de produto aquando do arranque/mudança de produto da linha de engarrafamento 3, a determinação das causas destas perdas e a proposta de melhorias para a linha, através da aplicação da metodologia Kaizen. Para tal, recorreu-se à Resolução Estruturada de Problemas (REP), da metodologia Kaizen. A resolução estruturada de problemas é uma ferramenta utilizada no âmbito da Melhoria da Qualidade (TQM), para a eliminação de defeitos, quando a causa do problema é desconhecida. Através da aplicação da REP na Linha 3, concluiu-se que, em média 14 % do vinho alimentando à linha era rejeitado para reprocessamento e que, havia uma variabilidade do volume de vinho rejeitado, devido à falta de normalização do processo. De acordo com a literatura o valor deveria estar na ordem dos 0,5 a 5 % de rejeição. Na prática, o volume de vinho rejeitado, era frequentemente insuficiente, devido ao Título Alcoolométrico Volúmico (TAV) e ao teor de dióxido de carbono dissolvido no vinho não estarem, dentro da gama de conformidade. Verificou-se que com o aumento do teor de CO2 do vinho, maior era o volume de vinho rejeitado e que, o sistema de carbonatação utilizado, tinha um impacto no vinho enviado para reprocessamento. Quando se utilizava, o método de carbonatação convencional, era rejeitado menos 14 % de vinho em comparação à carbonatação por KH TEC. O uso de cápsulas no rolhamento do vinho gerava mais 10,3 % de produto não conforme relativamente ao uso de rolhas. Quando a linha estava em regime de carga, o volume de vinho para retrabalha gerado era 6,7 % menor em comparação aquando desta se encontrava em vazio. A linha de engarrafamento em média, funcionou a 85,7 % da sua capacidade homologada. Por estimativa anual, as perdas de vinho representaram uma perda de rendimentos de 7 522 819 € e de um lucro bruto de 4 904 030 €, e um custo de reprocessamento de 1 309 395 €. Uma das soluções propostas para resolver este problema, seria a instalação de sensores inline para um acompanhamento remoto e um controlo de qualidade mais apertado e assim otimizar o volume de vinho gerado para reprocessamento.
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