Summary: | Para a brióflora da Graciosa estavam referidas 17 espécies. Este valor é agora alargado para 107 spp. Os dados recolhidos fornecem novos conhecimentos sobre a autoecologia de alguns briófitos: novos limites de altitude para algumas espécies; as preferências de substrato mostraram ser mais acentadas as baixas altitudes do que na zona da "floresta húmida"; as espécies de altitude mostram, nesta ilha maiores exigências de ensombramento e de substrata húmido do que as suas populações, em maiores altitudes, noutras ilhas do arquipélago. Distinguem-se as briocomunidades como epífita, Frullanietum microphyllae; associação Tetrastichium - Dumortiera como epílitica – epigeica, a aliança Grimmia azorica - Ptychomitrium como epílitica (incluído o Grimmietum azoricae e o Ptychomitrietum polyphylae de V. HÚBSCHMANN 1974); e a aliança Myuryum - Allorgea - Fissidens pallidicaulis como epigeica (compreendendo as mini-associações Fissidentetum serrulati, Fissidentetum pallidicaulis e Diphyscietum foliosi de V. HÚBSCHMANN 1974). A análise de diversidade florística das ilhas dos Açores mostra não haver uma correlação positiva desta com o tamanho da ilha ou com os factores topográficos. Por outro lado, as ilhas com altitude mais elevada mostram possuir valores de diversidades altos e semelhantes entre si, independentemente da área. Para a ilha da Graciosa, a grande variedade de habitats costeiros ajuda a explicar a alta diversidade relativa da sua flora vascular acima dos valores esperados, se considerarmos a sua área e altitude. Igualmente, a diversidade da sua brióflora é, inesperavelmente, elevada, já que grandes extensões da ilha são pobres em espécies.
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