Caracterização da Hemorragia Digestiva Aguda Severa por Angiodisplasia

INTRODUÇÃO: As angiodisplasias são causas raras de hemorragia digestiva aguda. A natureza intermitente da hemorragia e a extensão de tubo digestivo envolvido colocam desafios particulares. OBJECTIVOS: Caracterizar as hemorragias digestivas agudas severas por angiodisplasia. DOENTES E MÉTODOS: Anális...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Fernandes,S. Sousa (author)
Outros Autores: Ferreira,M. (author), Romãozinho,J. M. (author), Amaro,P. (author), Leitão,M. Correia (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2009
Texto completo:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-81782009000400002
País:Portugal
Oai:oai:scielo:S0872-81782009000400002
Descrição
Resumo:INTRODUÇÃO: As angiodisplasias são causas raras de hemorragia digestiva aguda. A natureza intermitente da hemorragia e a extensão de tubo digestivo envolvido colocam desafios particulares. OBJECTIVOS: Caracterizar as hemorragias digestivas agudas severas por angiodisplasia. DOENTES E MÉTODOS: Análise retrospectiva das hemorragias digestivas agudas por angiodisplasia admitidas na Unidade de Cuidados Intensivos de Gastrenterologia (UCIGE) dos Hospitais da Universidade de Coimbra, entre 1992 e 2008. RESULTADOS: Incluídos 21 doentes, representando 0,54% das admissões no período considerado. Registou-se predomínio do sexo masculino e idade média de 74 anos (42-92). Todos os doentes apresentavam co-morbilidades e 40% tomavam antiagregantes plaquetares ou anticoagulantes. A hemorragia foi proximal à ampola de Vater em 62% dos casos. Efectuou-se hemostase endoscópica em 18 doentes, que foi eficaz em todos eles. Outras terapêuticas menos utilizadas incluíram a embolização e enterectomia. Não ocorreu recidiva hemorrágica durante os internamentos. A mortalidade cifrou-se em 4,7%, correspondendo a um doente sujeito a laparotomia, falecido no pós-operatório imediato. CONCLUSÕES: A hemorragia digestiva aguda severa por angiodisplasia foi um evento raro na UCIGE. A endoscopia teve um papel fundamental no diagnóstico e na terapêutica. Os resultados corroboram a pertinência da admissão destes casos numa UCIGE, tendo em conta, nomeadamente, a importante comorbilidade que os caracteriza.