Summary: | O sucesso da tecnologia de colheita dos olivais superintensivos terá contribuído para a implantação de pomares superintensivos de amendoeira. Nestes pomares é necessário garantir que a dimensão da copa se adeque às dimensões da máquina de colheita para minimizar as perdas de amêndoa e os danos nas árvores. Para aumentar o conhecimento sobre esta tecnologia, estabeleceu-se num pomar comercial, um ensaio para avaliar o efeito da poda na produção de amêndoa e no desempenho da máquina de colheita. O pomar foi plantado em setembro de 2014, na Herdade da Torre das Figueiras – Monforte - Portalegre - Portugal (39º 04’ N; 07º 29’ W), com a orientação Este-Oeste, entrelinha de 5 m e 1,5 m de afastamento entre as árvores na linha. Definiram-se os seguintes tratamentos: T0 – poda de verão: corte horizontal da copa e corte lateral em cada uma das faces, em 2015 e 2017. Em 2015, os cortes laterais foram executados em julho e os cortes horizontais em julho e em setembro. Em setembro de 2017, após a colheita, realizou-se corte lateral em cada uma das faces da copa e corte horizontal da copa. Poda de inverno: em 2016, poda manual para eliminar ramos vigorosos; em 2017, corte horizontal da copa seguido de poda manual para melhorar a exposição solar no interior da sebe; T1 – sem intervenções de poda em 2015, 2016 e 2017; T2 – poda de verão: corte lateral em cada uma das faces da copa, realizado em julho de 2015; corte lateral em cada uma das faces da copa e corte horizontal em setembro de 2017, após a colheita; T3 – poda de verão: corte horizontal da copa e corte lateral em cada uma das faces, em 2015 e 2017. Em 2015, os cortes laterais foram executados em julho e os cortes horizontais em julho e em setembro. Em setembro de 2017, após a colheita, efectuou-se corte lateral em cada uma das faces da copa e corte horizontal da copa. Em 2018, em todos os tratamentos, procedeu-se a uma poda manual de inverno para eliminar ramos vigorosos excessivamente desenvolvidos para a entrelinha. Em 2017, selecionaram-se aleatoriamente 3 blocos de 10 árvores em cada linha para monitorizar a altura da árvore e a largura da copa na perpendicular à linha. Em 2017 e 2018 procedeu-se à colheita de cada linha, registando a massa de amêndoa colhida e o tempo de trabalho, tendo-se avaliado por amostragem as perdas de amêndoa para o solo. Verificaram-se diferenças na produção de amêndoa entre os anos, bem como diferenças significativas entre os tratamentos em 2018. Houve uma diminuição de perdas de amêndoa para o solo de 2017 para 2018. Em 2018 o tratamento 1 registou uma percentagem de perdas significativamente superior aos outros tratamentos.
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