Estética e semiótica do fio: O ato de escrever e desenhar no espaço

A presente pesquisa busca traçar o conceito de estética e semiótica do fio, integrando os seus possíveis comportamentos e significações, a partir de um estudo das obras instalativas da artista contemporânea Chiharu Shiota, considerando as referências disponíveis sobre o assunto nas perspectivas hist...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Vidal, Jordana Moreira (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10362/121511
Country:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/121511
Description
Summary:A presente pesquisa busca traçar o conceito de estética e semiótica do fio, integrando os seus possíveis comportamentos e significações, a partir de um estudo das obras instalativas da artista contemporânea Chiharu Shiota, considerando as referências disponíveis sobre o assunto nas perspectivas históricas, mitológicas, antropológicas, filosóficas e artísticas. Explana sobre a expansão da materialidade e a desmaterialização dentro do universo artístico, esclarecendo a ressignificação da matéria, bem como a ressignificação do fio têxtil, para a arte. Apresenta um breve histórico sobre a arte têxtil e suas particularidades narrativa e feminina. Discorre sobre o universo da instalação e suas características efémera, contextual e espacial, tendo em conta o processo criativo do artista e sua intenção para a criação e a interpretação da obra. Explora as narrativas mitológicas têxteis; os conceitos de linha, traço e fio de Ingold (2007); as linhas de segmentação, fissura e de fuga constituintes do sujeito, esboçadas por Deleuze e Parnet (1998) e Deleuze e Guattari (1983); traz o pensamento artístico de Edith Derdyk e sua experiência com o trabalho criativo com a linha e o fio. Desta triangulação de pensamentos e conceitos, esboça-se o estudo de caso das instalações de Chiharu Shiota, com fontes que vão desde press-releases, textos de críticos da arte e de curadores, fotos e vídeos, entrevistas encontradas com a artista, bem como uma visita presencial a uma das obras, o que traz uma abordagem também empírica para a análise, e uma entrevista com a artista concedida para a presente investigadora.