Crise económico-financeira, a banca e o ambiente

Esta recente crise do século XXI que teve início em 2007, nos Estados Unidos, decorrente de uma euforia no mercado imobiliário, conduziu a baixas taxas de juro e uma concessão de crédito muito facilitada. Pouco tempo depois as consequências deste drama proliferaram por toda a Europa. Verificou-se da...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gonçalves, Ana Isabel Marques (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10316/32077
Country:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/32077
Description
Summary:Esta recente crise do século XXI que teve início em 2007, nos Estados Unidos, decorrente de uma euforia no mercado imobiliário, conduziu a baixas taxas de juro e uma concessão de crédito muito facilitada. Pouco tempo depois as consequências deste drama proliferaram por toda a Europa. Verificou-se da pior forma que as complexas interações entre os agentes do sistema, os instrumentos sofisticados e o quadro institucional desajustado à realidade tinham originado riscos incalculáveis. Na sua globalidade, a banca teve e tem, ainda hoje, de se adaptar a uma nova realidade repleta de desafios difíceis de ultrapassar. Atualmente é cada vez mais notória a pressão exercida pelos cidadãos relativamente à consideração das questões ambientais por este importante sector da economia. A banca exerce, de facto, um papel muito importante no âmbito do desenvolvimento da economia, no sentido em que financia grande parte dos consumos e investimentos, assim como assume uma enorme responsabilidade no âmbito da sustentabilidade pelo seu impacto transversal à atividade económica e pelo seu poder de influência, podendo incutir regras e critérios de sustentabilidade de forma a prevenir riscos ambientais e sociais. Posto isto, o primordial objetivo deste relatório é retratar a relação existente entre a crise financeira global que se iniciou em 2007 nos EUA, a importância do setor bancário sobre toda a economia e a capacidade do mesmo para, mais importante do que nunca, influenciar a aplicação do capital que disponibiliza aos particulares e empresas no sentido de se realizarem consumos e investimentos ambiental e socialmente responsáveis, rumo a um desenvolvimento sustentável. No nosso país a consciência desta responsabilidade ambiental por parte do sector bancário regista uma evolução lenta mas positiva. Bons níveis de rentabilidade, uma boa reputação e confiança dos seus clientes são os grandes desafios da banca da atualidade.