Summary: | Este trabalho de investigação tem como objetivo analisar as vantagens e os diversos riscos inerentes a adoção de uma âncora cambial para S. Tomé e Príncipe, tomando-se como referência o exemplo de Cabo - Verde que tem sido um caso de sucesso há mais de dez anos. Procurou-se determinar os impatos macroeconómicos do regime retirando os principais elementos que constituem o sucesso de Cabo-Verde nesta matéria. Os resultados revelaram que embora os três anos de experiência da âncora seja um período relativamente curto para avaliar os efeitos a longo prazo, o caso de STP mais se aproxima de um caso de sucesso, do que, de um possível colapso cambial. Através de uma análise empírica e descritiva, observou-se o comportamento das variáveis económicas em relação as actividades económicas intra-regional, de acordo com os argumentos teóricos da Área Monetária Ótima, constatou-se que a capacidade de resistência a choques exógenos continua bastante limitada, fator que coloca STP como uma Área Monetária Incompleta. Seguiu-se a análise do grau de resiliência da economia em relação aos principais fundamentos das crises cambiais e as análises indicam que a evolução dos agregados monetários e a variação do crédito doméstico não destacam potenciais riscos destas causarem um desiquilíbrio a estabilidade de preços. Contudo, os resultados obtidos apontam para algumas fragilidades no sistema financeiro, decorrentes do risco do crédito e do risco de gaps de liquidez, sugerindo que o estudo para a devida mensuração destes riscos deva ser aprofundado.
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