Resumo: | A aceitação conjugal é definida como um construto adaptativo, tendo por base uma reação não só cognitiva como emocional a um dado evento. Por norma, esta encontra-se relacionada com comportamentos demonstrados pelo parceiro, podendo ser positivos ou negativos (Doss & Christensen, 2006). O presente estudo teve como objetivo iniciar a adaptação do Frequency and Acceptability of Partner’s Behavior Inventory (FAPBI) para a população portuguesa. Participaram neste estudo 102 pessoas entre os 19 e os 73 anos, respondendo a um conjunto de instrumentos de autorrelato, nomeadamente um questionário de dados sociodemográficos, a Escala de Ajustamento Diádico – Revista (EAD-R), o Questionário de Estilos Afetivos (QEA) e o FAPBI, através de uma plataforma digital. Os indicadores de fidelidade foram adequados ao nível dos itens e das subescalas de aceitação. O instrumento apresentou validade de construto. As correlações positivas com a EAD-R demonstraram haver validade convergente. A validade divergente foi demonstrada pela inexistência de correlações entre o FAPBI e o QEA. Em relação à comparação de géneros, não houve diferenças estatisticamente significativas na aceitação dos comportamentos do parceiro. As qualidades psicométricas iniciais do FABPI foram consideradas aceitáveis, apresentando potencial para ser incluído noutras investigações em Portugal.
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