O Azulejo saiu da parede

A partir de uma pesquisa online exploratória, discutem-se alguns aspetos contemporâneos da patrimonialização da cultura azulejar. Aponta-se a institucionalização da rede na divulgação do património azulejar, a tendência para um incremento territorial e turístico na divulgação do azulejo integrado na...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Menezes, M. (author)
Format: article
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://dspace2.lnec.pt:8080/jspui/handle/123456789/1009611
Country:Portugal
Oai:oai:localhost:123456789/1009611
Description
Summary:A partir de uma pesquisa online exploratória, discutem-se alguns aspetos contemporâneos da patrimonialização da cultura azulejar. Aponta-se a institucionalização da rede na divulgação do património azulejar, a tendência para um incremento territorial e turístico na divulgação do azulejo integrado na arquitetura, bem como o extravasar do seu uso através do grafismo na arte urbana e na moda, mas também para o aumentar do efeito-denúncia online sobre a destruição do património azulejar. A pesquisa realizada permite ainda salientar alguns aspetos que interessam discutir no futuro desenvolvimento da pesquisa: a tendência para a atual assunção de que o património azulejar está também associado à transformação do azulejo em matérias e significados outros que não o revestimento na arquitetura; o atual papel do efeito online na divulgação do azulejo como matéria de património cuja manifestação assume variados e diferentes suportes; a divulgação transnacional do património azulejar, todavia, como uma manifestação da cultura nacional portuguesa; o quanto o efeito de transmutação do azulejo em outras matérias (tecido, móveis, sabonetes, …) pode, ainda que contraditoriamente, contribuir para divulgar e salvaguardar o património azulejar, mas também para uma espécie de efeito da sua desmaterialização; verificando-se que, num e noutro caso, as suas repercussões online são de assinalar. Menciona-se o potencial da pesquisa online no campo do património e, por fim, debate-se algumas das suas limitações, nomeadamente por não colocar o pesquisador próximo dos territórios sociais de património.