Resumo: | Atualmente, devido às exigências do cliente e à consciência que as empresas têm vido a ganhar sobre a Logística Inversa, passou a ser uma preocupação constante a gestão do fluxo inverso de modo a assegurar a recuperação e eliminação adequada do produto, de forma sustentada, e garantir melhor nível de serviço. Passar para a sociedade uma imagem ecológica, inovar na recuperação e revalorização dos produtos agregando-lhe valores ambiental, social e económico. Neste trabalho pretende-se abordar as práticas, os desafios, e indicadores inerentes à Logística Inversa no setor de equipamentos elétricos e eletrónicos, em Setúbal. Inicialmente, é feita uma revisão da literatura sobre a temática da Logística Inversa. Apos a revisão da literatura realizou-se o estudo empírico, cuja metodologia utilizada para recolha de dados é o inquérito por questionário, que permitiu a recolha de dados em diferentes empresas, garantindo a comparação das respostas e retirar conclusões para o estudo. É aplicado o inquérito por questionário a uma amostra de 100 inquiridos e obtiveram-se 40 respostas. Os resultados obtidos permitiram afirmar que as empresas em Setúbal consideram a Logística Inversa importante, associada aos benefícios da prática do mesmo como a otimização dos recursos, eficiência nos processos, redução de custos e imagem corporativa da empresa. Apontamos como maiores desafios a incerteza em prever a quantidade, qualidade e disponibilidade dos produtos devolvidos, a não uniformidade dos produtos devolvidos e os custos de transporte na operação. Isto poderá estar ligado às respostas obtidas sobre a avaliação do desempenho da Logística Inversa neste setor que demostra que poucas empresas calculam os indicadores de desempenho. Neste estudo não foi possível quantificar e identificar a tipologia dos produtos devolvidos. Da análise efetuada, através da frequência do cruzamento das respostas obtidas pelas variáveis, observa-se que as práticas da Logística Inversa são bastante desafiantes devidos ao elevado grau de dificuldade e as barreiras associadas na sua implementação, como o desinteresse por parte dos decisores, a falta de planeamento estratégico, a falta de recursos humanos e a pouca importância dada à logística inversa, comparativamente com outras áreas de negócios, sendo que as razões mais indicadas para a implementação da Logística Inversa é o cumprimento da legislação e o aumento da competitividade.
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