Resumo: | Raramente paramos para refletir sobre a origem dos materiais que compõem o nosso ambiente construído, ou nas matérias-primas que sustentam as necessidades da sociedade atual. À medida que a população mundial se torna mais urbana, as paisagens que lhes fornecem as matérias primas tornam-se mais remotas e afastadas da visão diária. Uma vez que essas paisagens desaparecem, tendemos a pensar nelas como paisagens perdidas, sem uso. Esta dissertação propõe usar a arquitetura como experimentação para regenerar, reabitar uma paisagem destruída pela ação humana. Numa época em que o tema da sustentabilidade parece ser central, este projeto nasce da vontade de contrariar o pensamento negativo relativamente ao potencial de um local após o fim da sua utilidade económica. Usando a revitalização da pedreira da Serra de Atouguia, no fim do seu tempo útil de exploração, como aplicação prática dos conceitos investigados. Através da criação de um espaço que reúna condições para diferentes usos: turismo, entretenimento e educação ambiental, procura-se produzir uma experiência física do lugar, de forma a destacar a especificidade do local e a sua história, explorando como pode um lugar ser revitalizado, liberto de imagens pré-concebidas, e se ligue novamente às práticas sociais que nos são familiares.
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