Resumo: | O estudo das alterações motoras não é recente, mas a sua concetualização como característica intrínseca da esquizofrenia não está clara. Por seu lado, patente está a inter-relação entre competências cognitivas e motoras, daí a pertinência de estudar o comportamento motor em tarefa simples e dupla. Objetivo: Analisar o controlo postural e a mobilidade funcional em tarefa simples e dupla de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia, comparativamente a um grupo controlo. Métodos: Utilizaram-se a plataforma de forças para avaliar o Sit-to-Stand e o equilíbrio estático; o Timed Up and Go para avaliar a mobilidade funcional; e o programa Kinovea para analisar a orientação e estabilidade posturais durante o movimento de Sit-to-Stand-to-Sit. Recorreu-se ao teste t-Student e de Mann-Whitney, tal como à ANOVA para medidas repetidas com modelo misto. Resultados: Participaram 27 indivíduos, 13 com diagnóstico de esquizofrenia e 14 sem diagnóstico. Não se encontrou correlação entre as variáveis clínicas e os domínios avaliados, tal como não houve diferenças significativas no desempenho cognitivo por grupos. Porém, o desempenho motor mostrou discrepâncias estatísticas entre grupos para alguns dos testes aplicados. Conclusão: Esta investigação parece sugerir a existência de alterações motoras associada à esquizofrenia, principalmente quando em tarefa dupla. Ainda assim, mais estudos são necessários.
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