Cuidados domiciliários, desafio à continuidade dos cuidados de saúde

Os Cuidados Continuados nos lares de idosos na sociedade do seculo 21 são pautados por situações complexas e imprevisíveis. Tornou-se comum a coexistência da tecnologia com estes locais, com pessoas com necessidades diversas e que, há poucos anos, estariam em situação de internamento hospitalar a se...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Duarte, Suzana Filomena Cardoso (author)
Formato: other
Idioma:por
Publicado em: 2015
Assuntos:
Texto completo:http://repositorio.esenfc.pt/?url=NvM5CZCc
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.esenfc.pt:5312
Descrição
Resumo:Os Cuidados Continuados nos lares de idosos na sociedade do seculo 21 são pautados por situações complexas e imprevisíveis. Tornou-se comum a coexistência da tecnologia com estes locais, com pessoas com necessidades diversas e que, há poucos anos, estariam em situação de internamento hospitalar a serem mantidas e cuidadas em residências para idosos Esta situação determina um desafio para a pessoa e para os profissionais envolvidos nos cuidados, requerendo um leque variado de competências e conhecimentos para apoiar os idosos e assumir a liderança da equipa. A proposta de comunicação oral resulta de uma investigação realizada com o objetivo de identificar o papel do enfermeiro na manutenção da continuidade dos cuidados de saúde no domicílio, procurando perceber as estratégias que aquele profissional implementa para lidar com a imprevisibilidade daquele espaço cuidativo A metodologia implementada insere-se no paradigma de investigação qualitativa na perspetiva hermenêutica da Grounded Theory (corrente de Strauss e Corbin, 1998). Os achados resultaram de observação participante, entrevistas semiestruturadas e entrevistas de grupo (Focus Group) envolvendo utentes, famílias, profissionais de saúde e autarcas de uma região do centro do País, ao longo de dois anos. Procurando enfrentar os desafios da complexidade e imponderabilidade do espaço domiciliário, o enfermeiro concilia o seu papel com as expectativas de papel existentes no seio do grupo social (profissionais e utentes), através de um processo de conciliação identificado, implementa a praxis critica como estruturante da prática de cuidados de enfermagem num movimento estético, criativo, com fundamentos científicos e tecnológicos seguros e elege o encontro enquanto comportamento ético orientador da prática de cuidados. Cuidar nos lares de idosos para enfrentar as exigências da transição demográfica e epidemiológica das sociedades desenvolvidas implica a Recriação do Papel do Enfermeiro como construto significante de mediador, suporte técnico e cientifico e suporte emocional dos utentes e das famílias com necessidade de cuidados de saúde. O enfermeiro constitui o elemento decisor, trabalha em solidão, assume riscos e trabalha sem rede num ambiente isolado e complexo o que implica opções, processos de transgressão e assunção dos desafios. Cada vez mais, o enfermeiro deve apostar na formação avançada e constante e na aquisição de competências variadas: cognitivas, tecnológicas, comportamentais, éticas e estratégicas