Resumo: | As pessoas autistas deparam-se com vários entraves quer ao nível de infraestruturas de apoio, que possam ajudar na orientação não apenas da família como um todo mas também do jovem com autismo, quer a nível de respostas por parte das escolas. Consequentemente esta lacuna faz-se sentir nomeadamente no fim do ensino obrigatório principalmente no que diz respeito à formação, acompanhamento e integração destas pessoas na vida profissional. Por esse motivo este trabalho procura verificar o potencial para a empregabilidade destes jovens por parte do tecido empresarial português. Pretende-se fazer uma análise no que toca à empregabilidade de pessoas com autismo de alta funcionalidade ou asperger, distribuindo um questionário por algumas empresas que sejam potencialmente empregadoras por forma a ser possível determinar, no final, os maiores receios e mais valias que as empresas vêm neste tipo de integração, bem como as condições em que as mesmas estariam dispostas a integrar estes jovens. A população deste estudo são todas as empresas portuguesas com tarefas repetitivas, que possam ser desempenhadas por autistas de alta funcionalidade ou com síndrome de Asperger, e com potencial para a contratação destas pessoas. Foi selecionada uma amostra de 360 empresas através do método de amostragem por conveniência tendo-se obtido 56 respostas válidas. Os resultados obtidos demonstram que existe potencial para a empregabilidade destes jovens tendo em conta a aceitação que existe a esta ideia por parte das empresas, pelo que se justifica a criação de uma entidade que faça a ligação entre estes jovens e as empresas portuguesas.
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