Descolamento da retina regmatogéneo: estudo retrospetivo de dois anos

Introdução: Neste trabalho avaliamos as características epidemiológicas e os resultados cirúrgicos dos doentes com descolamento de retina regmatogéneo (DRR).   Métodos: Estudo retrospetivo dos doentes submetidos a cirurgia de DRR no Hospital Pedro Hispano, entre Janeiro de 2015 e Dezembro de 2016.  ...

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Bibliographic Details
Main Author: Moreira, Jorge (author)
Other Authors: Teixeira, Carla (author), Carvalho, Rui (author), Vieira, Bruna (author), Maio, Tiago (author), Sampaio, Filipa (author), Tenedório, Paula (author)
Format: article
Language:por
Published: 2019
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.48560/rspo.13784
Country:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/13784
Description
Summary:Introdução: Neste trabalho avaliamos as características epidemiológicas e os resultados cirúrgicos dos doentes com descolamento de retina regmatogéneo (DRR).   Métodos: Estudo retrospetivo dos doentes submetidos a cirurgia de DRR no Hospital Pedro Hispano, entre Janeiro de 2015 e Dezembro de 2016.   Resultados: Analisaram-se 83 olhos de 83 doentes (48 homens e 35 mulheres). A média etária foi de 61,5 ± 13,4 anos e o tempo médio entre o início dos sintomas e a avaliação oftalmológica foi de 20 ± 37 dias. Cerca de 63,9% dos doentes apresentavam mácula off e em 24,7% dos casos, o DRR era total. A média da melhor acuidade visual corrigida (MAVC) pré-operatória foi de 0,2 ± 0,3. A técnica cirúrgica efetuada na maioria dos casos foi a vitrectomia via pars plana (90,3%). A taxa de sucesso anatómico final foi de 96,4% e a média da MAVC final foi de 0,5 ± 0,4, sendo que 54% dos doentes apresentaram acuidade visual final ≥ 0,5. Verificou-se associação entre os resultados funcionais e o estado da mácula, acuidade visual pré-operatória e extensão do DR.   Conclusões: O DRR foi mais comum nos homens (1,4:1), com maior incidência entre os 61-70 anos. Um número significativo de doentes (33%) demorou mais de uma semana a recorrer ao hospital após o início dos sintomas. Estes dados contribuem para a identificação das subpopulações de maior risco, e reforçam a necessidade de alertar para os sintomas do DRR, de forma a minimizar o risco de cegueira através de um diagnóstico e tratamento atempados.