Paleolítico médio e superior em Portugal : datas 14C, estado actual dos conhecimentos, síntese e discussão

No âmbito des pesquisas do CEPUNL sobre o Paleolítico médio e superior foram obtidas novas datas de radiocarbono em situações bem definidas do ponto de vista estratigráfico; com outras, permitem uma visão cronológica global aproximada. As datas não parecem distribuir-se ao longo dos tempos de modo a...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Antunes, M. Telles (author)
Outros Autores: Cabral, J. M. Peixoto (author), Cardoso, João Luís (author), Pais, João (author), Soares, António (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.2/3557
País:Portugal
Oai:oai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/3557
Descrição
Resumo:No âmbito des pesquisas do CEPUNL sobre o Paleolítico médio e superior foram obtidas novas datas de radiocarbono em situações bem definidas do ponto de vista estratigráfico; com outras, permitem uma visão cronológica global aproximada. As datas não parecem distribuir-se ao longo dos tempos de modo aleatório. No estado actual dos conhecimentos, parecem corresponder a vários conjuntos: (a) 14000 a 15000 anos BP, Solutrense superior; (b) cerca de 20 000 BP, Solutrense; (c) com datas cerca de 25000 BP, já Solutrense, e, a pouco mais de 26000 BP, ainda Musrierense; (d) entre 29 000 e 31 000 BP, Mustierense. Demonstra-se a persistência de Mustierense muito após o limite admitido; cerca de 34 000 BP - e, por conseguinte, a dos seus autores neandertalianos. Pela primeira vez, foi possível a datação do limite cronológico superior do terraço marinho de 5-8 mettos (Tirreniano III) da Arrábida, bem como de jazidas sem indústrias ou com indústrias incaracterísticas. As datas obtidas permitem correlacionar jazidas e depósitos com episódios da última glaciação. Parece haver nítida correlação entre a ocupação de grutas e abrigos pelo Homem e episódios de clima mais desfavorável.