Diferenças estruturais e sonoras entre eufónio e trombone

A aprendizagem de um segundo instrumento é uma prática cada vez mais frequente, especialmente no tocante à dualidade trombone/eufónio. No entanto, no início desta prática raramente se abordam as diferenças organológicas e sonoras entre os dois instrumentos, deparando-se o aluno com uma série de fato...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Antão, Ricardo Rodrigues (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.22/8850
Country:Portugal
Oai:oai:recipp.ipp.pt:10400.22/8850
Description
Summary:A aprendizagem de um segundo instrumento é uma prática cada vez mais frequente, especialmente no tocante à dualidade trombone/eufónio. No entanto, no início desta prática raramente se abordam as diferenças organológicas e sonoras entre os dois instrumentos, deparando-se o aluno com uma série de fatores que vai descobrindo gradualmente e resolvendo de forma empírica, não consciente de todas as possibilidades técnicas e artísticas que pode explorar. Esta tese aborda esta problemática, com especial enfoque nos seguintes tópicos: (i) aferir possíveis diferenças organológicas e sonoras entre o eufónio e o trombone; (ii) entender que detalhes técnicos podem ser transferidos entre os instrumentos, de modo a beneficiar a prática de ambos pelos instrumentistas que fazem doubling. Desta forma, foram realizados um total de 7 inquéritos. Um inquérito por questionário a um construtor de instrumentos da marca Yamaha, um inquérito por entrevista e cinco inquéritos por questionário a músicos profissionais com carreira internacional, que fazem a prática de doubling dos instrumentos na sua atividade. Adicionalmente, foram efetuadas medições sonoras a fim de verificar se as diferenças tímbricas descritas comummente por executantes e pelo público no tocante ao trombone e o eufónio encontram paralelo no espectro sonoro. Finalmente, foi encomendada e estreada uma obra original para eufónio e trombone, de Daniel Moreira, As Três Faces da Serra de forma a concretizar artisticamente as motivações que levaram à realização do presente estudo. Os resultados apontam para uma maior facilidade em alternar a prática dos instrumentos quando se possui uma consciência sistematizada das suas diferenças ao nível técnico e sonoro. Conclui-se que uma maior facilidade no domínio técnico de um instrumento permite a transferência dos conhecimentos adquiridos para a prática do outro, e que esta transferência é biunívoca. Ou seja, a prática do segundo instrumento permite por sua vez benefícios para a prática do primeiro.