A emoção expressa dos familiares de esquizofrénicos e as recaídas dos doentes

Este trabalho é um estudo de replicação das recaídas de doentes esquizofrénicos, num seguimento de 12 meses, e da emoção expressa (EE) das famílias dos doentes. Numa amostra de 53 doentes esquizofrénicos crónicos, a EE dos familiares foi avaliada pela Camberwell Family Interview (CFI). Os doentes es...

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Bibliographic Details
Main Author: Reis,Filipe Damas dos (author)
Other Authors: Chainho,Julieta (author), António,Jacinto (author), Paiva,António (author), Marques,Ana (author), Real,Ana (author), Lourenço,Fátima (author), Vieira,Jacinta (author), Silva,Amâlia (author), Cotovio,Vitor (author), Santos,Paulina (author)
Format: article
Language:por
Published: 2000
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0874-20492000000100003
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S0874-20492000000100003
Description
Summary:Este trabalho é um estudo de replicação das recaídas de doentes esquizofrénicos, num seguimento de 12 meses, e da emoção expressa (EE) das famílias dos doentes. Numa amostra de 53 doentes esquizofrénicos crónicos, a EE dos familiares foi avaliada pela Camberwell Family Interview (CFI). Os doentes estavam em tratamento psiquiátrico ambulatório com neurolépticos. A análise de conteúdo das entrevistas revelou que 66% das famílias eram do tipo EE alta e 34% do tipo EE baixa. Os scores das escalas da CFI foram: comentários críticos 4,1 (média), a hostilidade foi expressa por 15% dos familiares e a sobre-implicação emocional por 23%. Trinta e sete familiares são do sexo masculino e 41 do sexo feminino. Os familiares do sexo feminino expressaram mais sobre-implicação emocional (37%) que os do sexo masculino (8%). Durante os 12 meses de seguimento, recaíram 57% dos doentes que viviam em famílias de EE alta e 17% dos que viviam em famílias de EE baixa. A comparação com os resultados de diferentes estudos realizados em diferentes países mostra maior semelhança entre os nossos resultados e os dos estudos espanhóis, designadamente em relação ao criticismo dos familiares que é maior nos estudos anglo-saxónicos. Apesar da dimensão cultural da EE, os resultados confirmam a constatação geral de que recaem mais os doentes que vivem em famílias de EE alta.