Partículas em suspensão no ar interior do Metro do Porto

Nos últimos anos, a salvaguarda de uma boa qualidade do ar tem vindo a adquirir cada vez mais importância, principalmente nos ambientes urbanos onde se verifica um crescimento populacional que implica um aumento de tráfego rodoviário. O metro, como transporte público, permite a atenuação do tráfego...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Catarina Fonseca Leal da (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10773/15376
País:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/15376
Descrição
Resumo:Nos últimos anos, a salvaguarda de uma boa qualidade do ar tem vindo a adquirir cada vez mais importância, principalmente nos ambientes urbanos onde se verifica um crescimento populacional que implica um aumento de tráfego rodoviário. O metro, como transporte público, permite a atenuação do tráfego rodoviário e, por ser elétrico (invés de recorrer a um combustível fóssil) promove também uma melhoria da qualidade do ar. Com o intuito de cativar o uso deste transporte público, torna-se imperativo garantir padrões ambientais deste serviço, nomeadamente em termos da qualidade do ar interior (QAI). O presente trabalho propõe-se a avaliar a qualidade do ar interior numa plataforma do sistema do Metro do Porto através da monitorização simultânea de PM2,5 na estação do Bolhão e na estação (exterior) de qualidade do ar de Francisco Sá Carneiro – Campanhã e do seu conteúdo carbonoso. As amostragens decorreram entre 28 de outubro e 13 de novembro de 2014, durante períodos de 19 horas. A análise dos filtros amostrados foi realizada através do método gravimétrico, para a determinação da concentração de PM2,5, e conteúdo carbonoso (CO e CE) pelo método termo-ótico por transmitância. As concentrações resultantes da monitorização de PM2,5 na plataforma do metro do Porto foram 3 vezes superiores às recolhidas no exterior (113,6 ± 60,2 e 34,0 ± 15,6 g/m3, respetivamente), mas o conteúdo carbonoso proveniente dos dois ambientes foi semelhante, 11,2 ± 7,5 g/m3 na plataforma e 13,0 ± 8,4 g/m3 no exterior. Os resultados obtidos sugerem que o ambiente exterior é a principal fonte de carbono no interior. Tanto o ar exterior como o interior ultrapassaram o valor limite de PM2,5 para a salvaguarda da saúde e ambiente, sendo a concentração no interior 10 vezes superior a este. Foi também determinado o rácio CO/CE, que permitiu identificar a presença de fontes não frescas de carbono (COsecundário) nas amostras recolhidas, bem como a possível predominância de utilização de veículos a diesel na cidade do Porto. O presente estudo sobre a QAI no Metro do Porto expõe a necessidade da execução de mais campanhas de monitorização de modo a possibilitar o desenvolvimento de meios de controlo de emissões e melhoramento da QAI neste meio.