Etiologia das infecções do tracto urinário e sua susceptibilidade aos antimicrobianos

Com o objectivo de conhecer os agentes etiológicos mais comuns na infecção urinária e comparar o seu padrão de susceptibilidade aos antimicrobianos, para o mesmo agente etiológico, quer em doentes internados, quer em regime de ambulatório, foram analisados todos os exames bacteriológicos de urina qu...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Correia, Carlos M. (author)
Other Authors: Costa, Elísio (author), Peres, António M. (author), Alves, Madalena (author), Pombo, Graça (author), Estevinho, Leticia M. (author)
Format: article
Language:por
Published: 2008
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10198/517
Country:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/517
Description
Summary:Com o objectivo de conhecer os agentes etiológicos mais comuns na infecção urinária e comparar o seu padrão de susceptibilidade aos antimicrobianos, para o mesmo agente etiológico, quer em doentes internados, quer em regime de ambulatório, foram analisados todos os exames bacteriológicos de urina que deram entrada no Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar do Nordeste, EPE - Unidade Hospitalar de Bragança, durante o período compreendido entre Abril 2004 a Março 2006. Deram entrada no serviço 4018 exames bacteriológicos. Destes, o exame cultural foi positivo em 572 amostras (144 de internamento e 428 de doentes externos). A Escherichia coli foi o microrganismo mais isolado (68,4%), seguido pelo género Klebsiella (7,9%), pela Pseudomonas aeruginosa (6,1%) e pelo Proteus mirabilis (5,2%). Em relação à susceptibilidade aos antimicrobianos, verificamos que a Escherichia coli e a Klebsiella spp apresentam elevada resistência aos antimicrobianos Amoxicilina, Piperacilina, Cefalotina, Ceftazidima e às Quinolonas. Para as Enterobactérias em estudo, o Imipeneme, a Amicacina e a Netilmicina, são os antimicrobianos com maior grau de susceptibilidade. Em relação aos isolados de Pseudomonas aeruginosa, os antimicrobianos mais eficazes, são o Imipeneme e a Amicacina. Relativamente ao padrão de susceptibilidade, para o mesmo agente etiológico, quer em doentes internados, quer em regime de ambulatório, encontramos diferenças estatisticamente significativas nos antimicrobianos Ticarcilina/Ácido clavulânico e Colistina, para a Pseudomonas aeruginosa e nos antimicrobianos do grupo das Quinolonas, para o Proteus mirabilis. Relativamente aos outros agentes não se verificaram diferenças estatisticamente significativas. Este estudo permite dispor de dados necessários para o conhecimento dos diferentes agentes etiológicos mais importantes nas infecções do trato Urinário no distrito de Bragança e disponibilizar a informação sobre os seus padrões de resistências, necessários para se iniciar um tratamento empírico adequado e elaborar guias de tratamento.