Resumo: | O presente artigo procura explorar a ideologia do consumo (em particular do consumo de moda) de forma diacrónica. Começamos por reflectir acerca da génese e desenvolvimento de um novo paradigma de consumo na sua interdependência com a infraestrutura urbana, abordando um dos seus marcos cruciais: as alterações que Paris sofreu do ponto de vista arquitetónico no século XIX, pelas mãos de Haussmann, e a emergência dos grandes armazéns. De seguida, incidimos a nossa reflexão sobre um outro aspecto fundamental — o aparecimento dos shopping centers na Europa, sendo estes considerados aqui universos imaginários. Discutimos igualmente a ideologia de consumo, impulsionada pelo centro comercial, à luz das transformações provocadas pela aceleração do consumo e pelo fenómeno fast-fashion. Destacamos ainda a nova ordem da incorporação das marcas de moda em grupos económicos que alteraram as regras do mercado à escala global e, finalmente, nas novas catedrais de consumo.
|