Summary: | Os baixos níveis de atividade física (AF) habitual em crianças são referenciados por vários autores que monitorizaram a população infantojuvenil Portuguesa. Porém, os videojogos interativos são mencionados em alguns estudos como um meio propulsor dos níveis de AF das crianças. Neste sentido, foi objetivo deste estudo quantificar a intensidade das sessões de exercício físico (EXF), com duração de 90 minutos e com/sem recurso a videojogos interativos (Wii fit). Métodos: A amostra foi constituída por 15 crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos, sendo a idade média das meninas de 11,25±2,27 anos e dos meninos de 10,89±2,13 anos. Utilizou-se o acelerómetro MTI Actigraph modelo 7164 (Manufacturing Technology, Inc., Fort Walton Beach, FL, EUA). Os dados dos acelerómetros de cada sessão foram contabilizados em minutos despendidos em atividade física moderada (AFM) (3 a 5,9METs), atividade física vigorosa (AFV) (6 a 8,9METs) e atividade física muito vigorosa (AFMV) (≥9METs). O software converteu as contagens do MTI em unidades de dispêndio energético relativo (METs) usando a equação de regressão desenvolvida por Freedson et al. (1997) para crianças dos 6 aos 18 anos de idade. Resultados e conclusões: De acordo com as sessões de EXF consideradas na análise, verificou-se que o recurso aos videojogos interativos (Wii fit) apresentou uma estimativa de dispêndio energético mais elevada (3,12±0,02 METs) e maior número de minutos despendidos em AFV (25,00±10,21) e AFMV (10,00±9,07), comparativamente com as sessões de atividades de academia (2,63±0,02METs; 12,71±6,94minutos/AFV e 5,82±7,19minutos/AFMV) e com as sessões de jogos de equipa, estafetas e percursos (2,25±0,02 METs; 17,73±10,77minutos/AFV e 5,50±4,67minutos/AFMV). Consideramos por isso que as sessões de EXF com recurso a videojogos interativos, provavelmente pela sua forte componente lúdica e motivacional, poderão proporcionar um maior dispêndio energético diário em crianças, quando comparadas com outro tipo de EXF.
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