Resumo: | As doenças mentais caracterizam-se pela combinação de pensamentos, emoções, comportamentos e relações com os outros fora do comum (OMS, 2016)a e são consideradas uma prioridade, apresentando elevada prevalência e uma das maiores taxas de incapacidade psicossocial e elevada mortalidade (OMS, 2016)b . Em 2010, 165 milhões de pessoas na Europa eram afetadas anualmente por uma doença ou perturbação mental (Wittchen, 2011). Atendendo à definição do National Institute of Mental Health, a Doença Mental Grave (DMG), baseia-se em três critérios: “(1) o critério diagnóstico, descrito como psicose não-orgânica e perturbação de personalidade; (2) o critério de duração, que descreve os doentes mentais graves como tendo uma longa história de internamentos prévios ou de tratamento em ambulatório; e (3) o critério disfuncionalidade, que inclui comportamentos perigosos ou desviantes, incapacidade moderada em atividades profissionais e não-profissionais e incapacidade ligeira nas necessidades básicas” (Schinnar, Rothbard, Kanter, e Jung, 1990). Em Portugal, em 2012, cerca de 4% da população adulta apresentou uma perturbação mental grave, 11,6% uma perturbação de gravidade moderada e 7,3% uma perturbação de gravidade ligeira (Nove Medical School, 2013). Neste projeto caracterizámos a DMG por três patologias, a depressão major, a esquizofrenia e o distúrbio de personalidade borderline, embora se tenha optado por incluir também dados sobre a manifestação de comportamentos de suicídio e/ou lesões auto-provocadas intencionalmente.
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