Antibioterapia no tratamento da patologia endodôntica

Introdução: Existe atualmente uma crescente preocupação global com o uso excessivo de antibióticos e o consequente aparecimento de estirpes bacterianas resistentes a estes fármacos. Objetivos: Esta investigação teve como principal propósito determinar os hábitos de prescrição de antibióticos no trat...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Alves, Ana Isabel Santos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10284/7289
País:Portugal
Oai:oai:bdigital.ufp.pt:10284/7289
Descrição
Resumo:Introdução: Existe atualmente uma crescente preocupação global com o uso excessivo de antibióticos e o consequente aparecimento de estirpes bacterianas resistentes a estes fármacos. Objetivos: Esta investigação teve como principal propósito determinar os hábitos de prescrição de antibióticos no tratamento da patologia endodôntica inclusive apurar se os médicos dentistas selecionam apropriadamente o uso de antibióticos de acordo com o diagnóstico endodôntico por eles estabelecido. Materiais e Métodos: Foi elaborado um questionário onde foram obtidas 219 respostas. A análise de dados foi realizada através de estatística descritiva e inferencial e do teste de Mann-Withney e o teste de Qui-Quadrado. Resultados: 219 médicos dentistas a exercer a sua prática clínica nas diversas áreas da Medicina dentária e no território Português responderam ao questionário desta investigação. Dentre as várias questões que abordaram diferentes diagnósticos, constatámos que o diagnóstico em que reportaram o maior número de prescrição foi no caso de celulite facial ou abcesso não drenável (89%) n = 195, estando de acordo com as guidelines atuais. No entanto, verificámos também que existe uma alta ocorrência de prescrição noutros diagnósticos. Os antibióticos mais usados pelos clínicos são a amoxicilina mais ácido clavulânico e azitromicina para os pacientes alérgicos à penicilina. Conclusão: Os antibióticos são prescritos para o tratamento de diagnósticos pulpo-perirradiculares onde não existe indicação clínica, pela evidência científica, para tal. Os resultados deste estudo sugerem que há lacunas no conhecimento sobre a correta indicação para a prescrição de antibióticos na prática endodôntica.