Summary: | Esta investigação surge da reflexão sobre a urgência atual, generalizada por parte de muitos pais e encarregados de educação, bem como de algumas instituições, no sentido de escolarizar as crianças precocemente, com vista a que estas possam chegar ao ensino básico “mais preparadas”, esquecendo-se muitas vezes o papel relevante do “brincar” nestas idades. Este estudo tem como pergunta de partida: “Até que ponto, o tempo para aprender se sobrepõe ao tempo para brincar, no contexto do ensino Pré-escolar e 1.º Ciclo do Ensino Básico?”. De entre vários objetivos específicos, pretendemos compreender as razões para se adiantar a aprendizagem de determinadas competências na criança, ao invés de se reservar tempo e espaço para brincar. Participaram neste estudo 52 encarregados de educação, 4 educadoras de um Jardim de Infância, 4 professoras do 1ºCiclo do Ensino Básico e 1 médica especialista em pedopsiquiatria. Para esta investigação optamos por utilizar uma metodologia quantitativa e qualitativa. O primeiro método teve por base inquéritos por questionário realizado aos pais, assim como o tratamento das notas obtidas pelos alunos de 1º ano. Sob o ponto de vista qualitativo, levámos a cabo entrevistas a educadoras e a uma pedopsiquiatra e o tratamento das respostas abertas dirigidas aos pais através dos questionários. Através dos resultados obtidos foi possível verificar que, não é aconselhável apressar o ensino das crianças, mas antes respeitar cada fase do seu desenvolvimento, adequando o ensino e as aprendizagens aos seus interesses e respetiva maturidade
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