Ensaios não destrutivos no betão autocompactável

Os betões autocompactáveis (BAC) apresentam algumas especificidades face aos betões correntes vibrados, nomeadamente uma maior dosagem de pasta e um menor volume de agregados grossos. A máxima dimensão dos agregados grossos é também reduzida nos BAC para prevenir o efeito de bloqueio. Tais especific...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Nepomuceno, Miguel (author)
Outros Autores: Oliveira, Luiz Antonio Pereira de (author), Costa, João José Barbosa da (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/4551
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/4551
Descrição
Resumo:Os betões autocompactáveis (BAC) apresentam algumas especificidades face aos betões correntes vibrados, nomeadamente uma maior dosagem de pasta e um menor volume de agregados grossos. A máxima dimensão dos agregados grossos é também reduzida nos BAC para prevenir o efeito de bloqueio. Tais especificidades são suscetíveis de afetar os resultados dos ensaios não destrutivos, comparativamente àqueles obtidos em betões correntes vibrados com o mesmo nível de resistência e materiais de natureza idêntica. No presente estudo avalia-se a aplicabilidade de alguns ensaios não destrutivos no BAC para estimar a resistência à compressão. Os ensaios selecionados incluíram: o ensaio da velocidade de ultrassons (PUNDIT), o ensaio da dureza superficial (esclerómetro de Schmidt tipo N), o ensaio da força de arranque (Lok-test) e o ensaio da maturidade do betão (COMA-meter). Foram produzidos 7 conjuntos de provetes de BAC a partir de uma única mistura. Todos os provetes foram sujeitos a cura normalizada. Os ensaios foram aplicados nas idades de 1, 2, 3, 7, 14, 28 e 94 dias, correspondendo cada idade a um dos conjuntos de provetes. A resistência à compressão do betão variou entre os 45 MPa (às 24 horas) e os 97 MPa (aos 94 dias). Foram estabelecidas correlações entre as leituras dos ensaios não destrutivos e a resistência à compressão, efetuada a análise da variabilidade dos ensaios e definidos os limites de confiança de 95% para essas correlações. Os resultados obtidos evidenciaram boas correlações entre a resistência à compressão e as leituras dos ensaios não destrutivos, mas com diferenças face às correlações obtidas em betões correntes vibrados.