Summary: | Tem sido crescente a investigação da saúde mental no âmbito da diversidade sexual, uma vez que a estigmatização e o preconceito continuam a ser fatores que despoletam um impacto negativo na vida de pessoas não heterossexuais e não cisgéneros. A variável resiliência é o enfoque deste estudo, uma vez que o Modelo do Stress Minoritário sugere a identificação de fatores intrapessoais que possam, juntamente com os interpessoais, amortecer o impacto negativo do stress. Numa amostra de 549 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 79 anos, foi explorada a associação da resiliência com a vulnerabilidade ao stress, ansiedade e depressão. De igual modo, foram explanadas as diferenças entre os grupos orientação sexual e identidade de género na vulnerabilidade ao stress, ansiedade e depressão ao covariar a resiliência. Enfatizando a resiliência como um amortecedor para o impacto negativo de pessoas que tenham uma diversidade sexual, foram exploradas as diferenças entre os grupos considerando dimensões que caracterizam este construto. Os resultados conferem que há uma associação negativa forte entre a resiliência com as variáveis vulnerabilidade ao stress, ansiedade e depressão, assim como há um efeito da orientação sexual e da identidade de género sobre as variáveis dependentes.
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