A ocupação do Neolítico Antigo do povoado do Carrascal (Leceia, Oeiras)

Do período de quase 500 anos em que se observou coexistência sem sobreposição territorial entre os grupos neolíticos de cerâmica predominantemente impressa (incluindo, naturalmente, a cardial) da Estremadura e os grupos mesolíticos do vale do Tejo, entre cerca de 5400 e cerca de 5000 anos a.C., evol...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Cardoso, João Luís (author)
Outros Autores: Silva, Carlos Tavares da (author), Soares, Joaquina (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.2/6044
País:Portugal
Oai:oai:repositorioaberto.uab.pt:10400.2/6044
Descrição
Resumo:Do período de quase 500 anos em que se observou coexistência sem sobreposição territorial entre os grupos neolíticos de cerâmica predominantemente impressa (incluindo, naturalmente, a cardial) da Estremadura e os grupos mesolíticos do vale do Tejo, entre cerca de 5400 e cerca de 5000 anos a.C., evoluiu-se para outra realidade, em que as cerâmicas incisas se desenvolvem, situável entre finais do VI e abarcando todo o V milénio a.C. É nessa altura que, finalmente, se deverá ter produzido interacção entre as comunidades neolitizadas e as derradeiras comunidades mesolíticas sedeadas nos concheiros, conforme atestam as cerâmicas do Neolítico Antigo Evolucionado encontradas nas camadas superiores dos concheiros do vale do Tejo (FERREIRA, 1974), bem como nos concheiros do vale do Sado, de que é exemplo o concheiro do Cabeço do Pez (SANTOS, SOARES & SILVA., 1974). Resta, contudo, saber se não se trata de simples reocupações dos mesmos sítios, depois de intervalos de abandono mais ou menos longos.