Summary: | O melão é um fruto muito consumido em todo o mundo pois apresenta excelentes qualidades sensoriais e nutricionais. Os seus subprodutos, atualmente descartados, são uma fonte rica de compostos com propriedades benéficas para a saúde humana, como por exemplo a vitamina C e a vitamina E [1]. Este estudo teve como objetivo avaliar a influência da estação do ano nos teores das vitaminas C e E presentes na polpa e nos subprodutos (casca e sementes) do melão. Em 2019, as amostras de melão foram adquiridas em grandes superfícies comerciais da região de Lisboa (Portugal). O perfil de vitamina E foi analisado por HPLC-DAD-FLD, de acordo com o método descrito por Alves et al. [2]. A separação e quantificação da vitamina C foi realizada por HPLC-DAD e a monotorização das amostras feita a 245 nm [3]. Com os resultados obtidos foi possível verificar que as amostras adquiridas no verão apresentaram teores mais elevados de vitamina C, variando entre 13,0 e 20,1 mg/100 g, e entre 12,0 e 14,1 mg/100 g de peso fresco, para a casca e polpa, respetivamente. Em todas as sementes, e na casca e polpa das amostras recolhidas no inverno e primavera não foi detetada a presença de vitamina C. Em relação aos teores de vitamina E, a polpa das amostras adquiridas no inverno apresentou uma variação entre 0,084 – 0,090 mg/100 g de peso fresco e para a casca das amostras recolhidas no outono, variou entre 0,68 e 2,47 mg/100 g de peso fresco. As sementes do melão adquiridas no verão apresentaram os teores mais elevados de vitamina E (10,9 - 21,1 mg/100 g de peso fresco). Com este trabalho foi possível concluir que a época do ano tem uma influência considerável nos teores de vitamina C da polpa e casca do melão. Os teores de vitamina E da casca e sementes podem contribuir para a sua valorização, uma vez que os subprodutos podem ser utilizados para enriquecer e desenvolver novos produtos alimentares, melhorando e aumentando as suas propriedades benéficas para a saúde.
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