Papel da histeroscopia diagnóstica e terapêutica na abordagem da infertilidade feminina

A infertilidade é uma doença complexa com importantes implicações médicas, psicossociais, demográficas e económicas. Esta doença tem sido considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. A histeroscopia é, hoje, um método diagnóstico e terapêutico fundamental na...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Fernandes, João Samuel da Silva (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.6/8792
País:Portugal
Oai:oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8792
Descrição
Resumo:A infertilidade é uma doença complexa com importantes implicações médicas, psicossociais, demográficas e económicas. Esta doença tem sido considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública. A histeroscopia é, hoje, um método diagnóstico e terapêutico fundamental na abordagem das patologias/anomalias uterinas subjacentes à infertilidade feminina. O objetivo desta revisão consiste em abordar a infertilidade feminina e destacar as patologias/anomalias mais frequentemente causadoras deste problema. Proceder a uma revisão do papel da histeroscopia no diagnóstico e tratamento destas patologias/anomalias. Fazer, sempre que possível, uma comparação da abordagem histeroscópica com outros meios diagnósticos, atendendo às vantagens e limitações da histeroscopia e ao seu impacto na saúde reprodutiva da mulher. Explorar as vantagens da técnica “Endometrial Scratching” no aumento das taxas de gravidez em mulheres inférteis. A fertilidade define-se como a capacidade de se estabelecer uma gravidez clínica.(1) Para que possa ocorrer uma gravidez são necessários diversos passos: a formação e libertação de um óvulo a partir dos ovários, a sua chegada através das trompas até ao útero, a junção com o esperma masculino e a fixação do óvulo fecundado na parede do útero (implantação). Por vezes, diversas alterações uterinas podem colocar em causa a normalidade deste processo, sendo causadoras de infertilidade. Estas alterações que afetam a parede uterina podem ser pólipos, miomas, septos, sinequias ou outras e, com recurso à histeroscopia, as mesmas podem ser corrigidas. Esta correção pode, consequentemente, aumentar a probabilidade de se conseguir uma gravidez, quer espontaneamente quer após tratamentos de procriação medicamente assistida. Em jeito de conclusão, existem diversas anomalias subjacentes à infertilidade feminina - pólipos, miomas, sinéquias…, tendo cada uma destas maior ou menor influência como causa de infertilidade. Em muitas destas anomalias, apesar de não existir uma completa evidência, a histeroscopia parece ser o meio complementar de diagnóstico e terapêutico que apresenta melhores resultados, melhorando as taxas de conceção em períodos de tempo mais curtos. Contudo, esta técnica ainda não está completamente estabelecida como procedimento de 1ª linha na abordagem da infertilidade feminina. A técnica “Endometrial Scratching”, antes da estimulação ovárica controlada, tem vindo a estar associada ao melhoramento das taxas de implantação e os resultados da gravidez. Contudo, são necessários mais estudos que comprovem a eficácia desta técnica, uma vez que este tema é controverso, havendo já quem a descredibilize. (2)