Análise das estratégias de intervenção na área do saneamento: o caso do “saneamento total liderado pela comunidade” na Guiné-Bissau

O presente estudo pretende compreender a evolução e o impacto das diferentes estratégias de intervenção no saneamento, ao longo das últimas décadas, tentando averiguar se a estratégia de Saneamento Total Liderado pela Comunidade (CLTS), atualmente em expansão, apresenta mais vantagens relativamente...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Neves, Ana Isa Costa Paiva das (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/6987
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/6987
Description
Summary:O presente estudo pretende compreender a evolução e o impacto das diferentes estratégias de intervenção no saneamento, ao longo das últimas décadas, tentando averiguar se a estratégia de Saneamento Total Liderado pela Comunidade (CLTS), atualmente em expansão, apresenta mais vantagens relativamente às anteriores. Para tal, é efetuada uma análise da evolução do pensamento e das intervenções em Desenvolvimento, mais concretamente a sua relação com as estratégias de saneamento. É também analisado o impacto que o saneamento tem na saúde, no conforto, prestígio, privacidade, status social, bem-estar, igualdade de género e desenvolvimento económico. Após compreender o contexto e proceder à sua análise critica, é apresentado um estudo acerca da implementação do CLTS na Guiné-Bissau. Para tal, foram analisados documentos estratégicos do setor da água, saneamento e higiene do país e foi realizado um inquérito por questionário a indivíduos que trabalham ou que trabalharam neste setor. A análise permite inferir que, apesar do vasto leque de intervenções neste setor, ainda existe défice de acesso e de utilização de infraestruturas de saneamento por parte da população em geral e mais especificamente nas zonas rurais. Este facto parece estar relacionado com uma multiplicidade de aspetos, dos quais se destacam a fraca ajuda externa disponível e alocada ao subsetor de saneamento, as fracas ou inexistentes políticas, coordenação e liderança para o setor, a fraca monitorização e avaliação das intervenções de saneamento e por fim, algumas falhas na adequação ao contexto e às características especificas culturais e sociais.