Avaliação emergética de regiões : estudo de caso

Todo o comportamento humano acarreta necessariamente uma consequência. Estudos mostram que a exploração excessiva dos recursos naturais existentes não garante, nem no curto prazo, o desenvolvimento de qualquer região. Num contexto em que a população mundial aumenta e onde as assimetrias económicas e...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Pinheiro, Pedro José de Araújo (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2016
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/11067/2349
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/2349
Descrição
Resumo:Todo o comportamento humano acarreta necessariamente uma consequência. Estudos mostram que a exploração excessiva dos recursos naturais existentes não garante, nem no curto prazo, o desenvolvimento de qualquer região. Num contexto em que a população mundial aumenta e onde as assimetrias económicas e sociais se agravam, é conveniente fazer-se uma análise sistémica que seja agregadora e reflita a sustentabilidade da humanidade. Uma resposta possível, para avaliar o desenvolvimento de uma região, é a emergia, a qual não contabiliza apenas a energia ou trabalho despendidos num processo, mas todo o potencial energético que é transformado. A avaliação emergética considera, entre outras, todas as transformações energéticas existentes na realização de um produto ou serviço, através da integração de todas as energias, apesar de diferentes. Por ser universal, generalizou-se a energia solar como padrão. A emergia usa a unidade seJ (joule de emergia solar) que, embora relacionada, é distinta da unidade de energia J (joule). A contabilidade emergética avalia, também, a procedência dos recursos e os custos ecológicos e económicos associados à sua exploração e utilização. As regiões são sistemas, com entradas e saídas de recursos, que devem ser convenientemente geridos para maximizar a riqueza da sua exploração e garantir a sustentabilidade das mesmas para as gerações vindouras. Os indicadores emergéticos são instrumentos que permitem avaliar os sistemas e facilitar o processo de tomada de decisão. O objectivo principal deste estudo é fazer uma avaliação emergética do concelho de Vila Nova de Famalicão, da região do Vale do Ave e de Portugal, relativo ao ano 2013, através da comparação dos seus indicadores emergéticos. Os resultados revelam que estas três regiões têm economias muito direcionadas para o consumo, com Índices de Sustentabilidade Emergética (ESI) de 0,07, 0,028 e 0,01, em Portugal continental, região do Ave e Vila Nova de Famalicão, respetivamente. A região do Ave, com 1, 25x10 seJ/$, apresentou o valor da Razão de Emergia por Moeda (EMR) mais baixo, enquanto Vila Nova de Famalicão possuía uma EMR de 1,6x10 seJ/$. A EMR de 4,33x10 seJ/$ alcançada por Portugal continental, mostra o menor desenvolvimento do país, quando comparado com a região do Ave e com Vila Nova de Famalicão.