Summary: | A margem continental portuguesa possui dois impressionantes canhões, frente à Nazaré e a Setúbal. A natureza isolada do seu traçado, as cabeceiras junto da linha de costa e a sua elevada extensão qualificam-nos como canhões do tipo gouf semelhantes ao goouf do Cabo Bretão. O nosso objectivo principal era o de avançar no conhecimento morfológico destes dois canhões, aproveitando os levantamentos batimétricos disponíveis e que ainda não foram sujeitos a análise morfológica pormenorizada. Para tal, recorremos a várias técnicas de análise da morfologia terrestre, já experimentadas no domínio submarino que nos permitissem interpretar e caracterizar a morfologia destes profundos entalhes da nossa margem. Os resultados obtidos evidenciam as particularidades morfológicas destes canhões e reforçam a ideia do seu condicionamento tectónico, assim como, nos fornecem informações importantes, sobre a litologia e sobre a estrutura dos fundos submarinos analisados.
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