Resumo: | O presente projeto de investigação, realizado na área da Educação Especial, no domínio cognitivo e motor, pretende estudar o modo como a escola responde às necessidades das crianças com Paralisia Cerebral (PC) e distúrbios comunicacionais associados e das suas famílias. De forma mais específica, esta investigação procura perceber se os SAAC são uma mais-valia para o processo comunicacional de crianças com PC no contexto escolar e de reabilitação. Assumimos então como objetivos da nossa investigação identificar as necessidades e obstáculos referenciados por professores, pais e técnicos que acompanham as crianças com PC, nomeadamente no que concerne ao processo comunicacional; identificar os Sistemas de Comunicação utilizados por diferentes técnicos e docentes e o seu grau de adequação perante as necessidades e objetivos referenciados pelos alunos e suas famílias e identificar os critérios utilizados na seleção das ferramentas comunicacionais em contexto escolar e de reabilitação. Daí que, a questão de partida que orientou o nosso percurso de investigação foi “Os SAAC são uma mais-valia para o processo comunicacional de crianças com PC no contexto escolar e de reabilitação?” O presente estudo pretende ser um contributo para o esclarecimento desta questão. Para tal, utilizamos o inquérito por questionário como instrumento de trabalho, e que foi aplicado a famílias, professores e técnicos de crianças com PC com problemas comunicacionais associados, da área metropolitana do Porto e Lisboa. Com este instrumento pretendíamos analisar as opiniões dos professores/ técnicos e das famílias com crianças com PC com distúrbios na comunicação e fazer um levantamento das suas necessidades específicas. Os resultados obtidos confirmam a maioria das nossas hipóteses, podendo concluir-se que a família e escola privilegiam a fala como forma de comunicação com crianças com PC, e um número significativo de pais e agentes da educação (professores e técnicos) não utiliza as SAAC no trabalho com crianças com estas crianças. Daí resulta que as crianças com PC e distúrbios comunicacionais comunicam com alguma dificuldade com pais, colegas e agentes educativos, quando não usam os SAAC.
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