A ação disciplinadora de Trento no quotidiano monástico feminino do mosteiro de S. Bento de Cástris

A 25ª Sessão do Concílio de Trento, em dezembro de 1563, estabeleceu em decreto conciliar a necessidade da disciplina e a da profissão religiosa por livre vontade do/a próprio/a, reforçou os votos monásticos de obediência, castidade e pobreza, e tornou obrigatória e universal a clausura estrita para...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Fialho Conde, Antónia (author)
Outros Autores: Sá Nogueira Lalanda, Margarida (author)
Formato: bookPart
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10174/21374
País:Portugal
Oai:oai:dspace.uevora.pt:10174/21374
Descrição
Resumo:A 25ª Sessão do Concílio de Trento, em dezembro de 1563, estabeleceu em decreto conciliar a necessidade da disciplina e a da profissão religiosa por livre vontade do/a próprio/a, reforçou os votos monásticos de obediência, castidade e pobreza, e tornou obrigatória e universal a clausura estrita para as religiosas. Esta derradeira sessão do Concílio iniciado em 1545 atribuiu aos elementos masculinos da mesma Ordem ou Congregação destas, ou, noutros casos, ao bispo da respetiva diocese, a vigilância do cumprimento deste decreto, com o controlo e a autoridade masculina sobre as consagradas femininas. A clausura seria ainda reafirmada em bulas posteriores e por decisões da Sagrada Congregação do Concílio. Desde então e até ao começo do século XIX e da chegada das Ordens religiosas femininas dedicadas à missionação, em Portugal (tal como em Itália e em Espanha) a “clausura” passou a ser o conceito, o objetivo, a disciplina, o contexto e a matriz identitária da vida conventual feminina. Mais ainda: foi ela o principal fator diferenciador e distanciador de género, no mundo dos consagrados; a vida religiosa dita ativa e de extra-muros, nestes tempos e territórios (e ao invés do que desde cedo se registou em França), era pertença exclusiva do género masculino.