Summary: | A expansão urbana, os novos traçados de mobilidade de entrada e saída das cidades, a desadequação da tecnologia e os novos usos que passaram a ser dados a certas linhas ferroviárias, levaram à desativação de algumas estações ferroviárias ou, noutros casos, à utilização de apenas uma parte dos seus espaços. Refira-se como exemplo do primeiro caso a antiga estação d’Orsay em França, hoje Museu d’Orsay, e como exemplo do segundo caso a Estação do Rossio em Lisboa. O património ferroviário enquadra-se nos campos disciplinares do urbanismo e da arquitetura paisagística, os quais exigem uma análise ampla sobre a relação edifício-ecossistema urbano para a definição de projetos específicos, tratando cada edifício como um caso único. A sistematização de referências no âmbito das infraestruturas ferroviárias convertidas para novos usos ilustra a capacidade, o interesse ou a intenção de conciliar estas estratégias de regeneração urbana com a preservação do património ferroviário. Este artigo centra-se na análise de algumas estratégias, planos e projetos de regeneração da paisagem industrial ferroviária e da sua integração na paisagem urbana em função dos reusos mais recorrentes.
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