Perfil de cuidadores formais não qualificados em instituições prestadoras de cuidados a pessoas idosas

INTRODUÇÃO: Nas instituições prestadoras de cuidados a pessoas idosas a maioria dos profissionais são cuidadores formais não qualificados, responsáveis pela maior parte dos cuidados prestados, que têm um papelfundamental na satisfação das necessidades da população idosa institucionalizada que é, nor...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pinheira, Vítor (author)
Other Authors: Beringuilho, F. (author)
Format: article
Language:por
Published: 2019
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.11/6526
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ipcb.pt:10400.11/6526
Description
Summary:INTRODUÇÃO: Nas instituições prestadoras de cuidados a pessoas idosas a maioria dos profissionais são cuidadores formais não qualificados, responsáveis pela maior parte dos cuidados prestados, que têm um papelfundamental na satisfação das necessidades da população idosa institucionalizada que é, normalmente, a que apresenta maiores necessidades de apoio por limitações funcionais, por quebra das redes familiares e sociais de suporte e com quadros de pluri-patologiaque se traduzem muitas vezes em níveis elevados de dependência e de necessidade de apoio. OBJECTIVOS: avaliar o perfil sociodemográfico, níveis de formação e de qualidade de vida de cuidadores formais de instituições prestadoras de cuidados a pessoas idosase perceber a relação entre a existência de formação e os níveis de qualidade de vida. MÉTODOS: estudo exploratório, descritivo, correlacional e transversal, com uma amostra de 254 indivíduos, de 15 instituições da região de Castelo Branco. Foi aplicado um questionáriopara recolha de dados sóciodemográficos, perfil de escolaridade e de formação,e oo WHOQOL-BREF para avaliara qualidade de vida destes cuidadores formais prestadores de cuidado directo a pessoas idosas. Avaliaram-se ainda algumas características da formação realizada, definidas de acordo com os descritores dascompetências-chave destes profissionais. RESULTADOS: A amostra é exclusivamente feminina com uma média de idades de 44,12 anos (SD=10,24), maioritariamente casada (71,5%) e com filhos (85%). 68,3% tem escolaridade até aos 3º ciclo (9 anos de escolaridade) e a formação técnico-profissional é residual (6,7%).Em média exercem actividade na instituição onde trabalham há 7 anos. 76,2% refere ter formação na área de trabalho, sendo esta formação realizada maioritariamente no local de trabalho (65,1%) e, em algumas competências básicas (“Higienização e conforto”, “Cuidados humanos básicos” e “Técnicas de mobilização, posicionamento e transferência de utentes”) foi em mais de 40% dos casos realizada por colegas com a mesma categoria e que exercem as mesmas funções.Em todas as dimensões do instrumento utilizado para avaliar a qualidade de vida da amostra (WHOQOL- BREF), as pontuações obtidas são mais baixas que as obtidas por um grupo de indivíduos saudáveis no estudo de validação do instrumento para a população portuguesa.Verificaram-se melhores níveis de QV no domínio Físico (p= 0,038), Psicológico (p=0,003) e Social (p=0,009) em indivíduos que referem possuir formação na área em que trabalham. CONCLUSÃO: os resultados encontrados evidenciam a necessidadede reflexão sobre o perfil destes trabalhadores, na preparação para as funções que exercem e na sua capacidade de resposta às necessidades das pessoas idosas, como contributo para a melhoria dos cuidados que prestados.