| Resumo: | As cidades são as áreas de excelência onde o comércio encontra lugar para a inovação. O dinamismo do comércio aliado à sua capacidade de transformação tem provocado impactos nos centros urbanos, por ser aqui que mais se encontra mais representado (Guimarães, 2019b; 2016). É no estudo destas constantes evoluções, mutações e relações que a geografia do comércio tem ido buscar material para investigação. A evolução do comércio tem-se feito sentir a diversos níveis. Quanto à perenidade, destaca-se a passagem do comércio itinerante, praticado em feiras e mercados ambulantes pelo privilégio do permanente. Quanto à estrutura, a estrutura hierárquica dos centros de comércio tem dado lugar a uma organização fragmentada, onde vários centros competem entre si. Relativamente à localização, aos tradicionais centros de comércio juntam-se novas centralidades, em novas urbanizações e em áreas periféricas mas de grande acessibilidade. Relacionado com esta característica, destaca-se a alteração dos tradicionais padrões da centralidade e acessibilidade. Se até recentemente ambos eram uma característica intrínseca do principal centro das cidades, em muitos casos coincidente com o centro histórico ou nas suas proximidades, com a vulgarização do transporte individual2 assiste-se a uma ruptura deste modelo e novas áreas passam a ser mais centrais e acessíveis. Em muito relacionado com o que foi analisado acima, está o aparecimento de novos formatos ou a sua própria renovação.
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