Summary: | A presente dissertação de mestrado tem como objetivo contribuir para uma compreensão mais aprofundada do impacto da rutura da parentalidade nos comportamentos de risco (consumo de substâncias psicoativas) e nos comportamentos antissociais na adolescência. Os cinco primeiros capítulos remetem para uma revisão da literatura no que respeita ao tema da família, parentalidade, dissolução conjugal, e ajustamento ao divórcio. A segunda parte apresenta o estudo empírico, onde são descritos os procedimentos e se analisam os inquéritos por questionário administrado a 52 adolescentes que frequentam a Escola Secundária de Caneças e a catequese do Centro Paroquial de Alfornelos. De acordo com os dados recolhidos, foi possível concluir que as mães obtiveram uma maior percentagem relativamente ao suporte, envolvimento parental, autonomia, monitorização e controlo psicológico para com os filhos, sendo que nas restantes duas escalas (controlo comportamental e monitorização) alcançaram valores praticamente homogéneos com os conseguidos pelos pais. Segundo os autores, tal fato deve-se à custódia da criança e do adolescente ser, maioritariamente, entregue às mães que, deste modo passam mais tempo com os seus filhos e podem, então, investir mais numa relação de proximidade com estes. Para além da diferença notória no que respeita às questões relacionadas com a parentalidade, encontrou-se, também, uma relação entre a rutura da parentalidade e os comportamentos de risco e antissociais na adolescência, uma vez que, os filhos de pais separados/divorciados obtiveram sempre uma maior percentagem desses comportamentos comparativamente com os filhos de famílias intactas.
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