| Summary: | No que diz respeito ao desenvolvimento de substâncias ativas, com melhores perfis de segurança e eficácia e à sua incorporação em sistemas de veiculação, a Indústria Farmacêutica despende grandemente dos seus recursos financeiros para alcançar estes objetivos. A baixa solubilidade desses ativos, bem como a estabilidade das formulações desenvolvidas, são alguns dos desafios a ultrapassar no desenvolvimento desses sistemas. Neste âmbito, os líquidos iónicos (LI), conhecidos como sais orgânicos, ao serem introduzidos em soluções lipofílicas ou hidrofílicas, podem ser uma estratégia interessante com impacto na solubilidade dos ativos pouco solúveis e na estabilidade de diferentes tipos de formulações. Assim, neste trabalho foram incorporados, em implantes lipídicos com cloridrato de propranolol, dois LI contendo o catião de colina, [Cho][Phe] e [Cho][Glu], a concentrações que asseguram a viabilidade celular. Os resultados evidenciam que o LI [Cho][Phe] tem potencial para ser utilizado como excipiente funcional porque com a sua utilização obtém-se um aumento significativo da libertação de fármaco, contudo, em função do tipo de promotor de libertação, é possível variar essa libertação. Mais estudos são necessários para compreender na totalidade a forma como os LI influenciam a libertação dos fármacos em sistemas lipídicos, embora os presentes resultados sejam bastante promissores.
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