Preditores de hipertensão pulmonar tromboembólica crónica após tromboembolia pulmonar de risco intermédio a elevado

Introdução e Objectivos A tromboembolia pulmonar é uma emergência cardiovascular comum que, juntamente com a hipertensão pulmonar tromboembólica crónica, se associa a alta mortalidade e morbilidade. Actualmente não há ainda consenso quanto à consecutividade destas duas patologias. Este estudo preten...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Barros, André João dos Santos de (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10316/79836
Country:Portugal
Oai:oai:estudogeral.sib.uc.pt:10316/79836
Description
Summary:Introdução e Objectivos A tromboembolia pulmonar é uma emergência cardiovascular comum que, juntamente com a hipertensão pulmonar tromboembólica crónica, se associa a alta mortalidade e morbilidade. Actualmente não há ainda consenso quanto à consecutividade destas duas patologias. Este estudo pretende determinar os factores condicionantes do desenvolvimento desta relação. Métodos Foi conduzido um estudo retrospectivo de uma coorte de 213 doentes diagnosticados com tromoembolia pulmonar de risco intermédio a elevado entre Maio de 2000 e Outubro de 2010. Recolheram-se os dados clínicos à data de diagnóstico e fez-se o seguimento de 187 destes casos. Seleccionaram-se os resultados das ecocardiografias realizadas no mínimo 3 meses após a admissão, que permitiram agrupar os doentes de acordo com o valor de pressão sistólica arterial pulmonar (cutoff de 40mmHg). Procedeu-se à comparação de frequências e médias de possíveis preditores de hipertensão pulmonar tromboembólica crónica entre os dois grupos. Resultados A hipertensão pulmonar tromboembólica crónica foi diagnosticada em 12,4% dos doentes. Calcularam-se diferenças significativas entre os dois grupos, à admissão, nos parâmetros género masculino (p= 0,041), tensão arterial sistólica (p= 0,027) e concentração de hemoglobina (p= 0,014). Determinou-se um hazard ratio de 1,088 por cada ano de idade (p= 0,012) e de 1,189 por kg/m2 no índice de massa corporal (p= 0,013) para o desenvolvimento de hipertensão pulmonar tromboembólica crónica. 4 Conclusões A hipertensão pulmonar tromboembólica crónica é uma complicação relativamente comum após um episódio agudo de tromboembolia pulmonar de risco intermédio a elevado. A sua prevenção recai sobre uma correcta avaliação dos factores de risco. Doentes idosos e/ou obesos devem ser submetidos a um seguimento clínico mais rigoroso.