A Novena para a Festa de S. Joseph de Pedro Vaz Rego e a atividade musical na Catedral de Évora na primeira metade do século XVIII

A celebração de novenas, assim como de septenários e trezenas, constitui uma importante manifestação de devoção popular desde o século XVIII até à atualidade, funcionando de forma parela à liturgia regular. O repertório musical escrito para estas ocasiões percorria praticamente todas as camadas da s...

ver descrição completa

Detalhes bibliográficos
Autor principal: Henriques, Luís (author)
Formato: lecture
Idioma:por
Publicado em: 2019
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10174/26103
País:Portugal
Oai:oai:dspace.uevora.pt:10174/26103
Descrição
Resumo:A celebração de novenas, assim como de septenários e trezenas, constitui uma importante manifestação de devoção popular desde o século XVIII até à atualidade, funcionando de forma parela à liturgia regular. O repertório musical escrito para estas ocasiões percorria praticamente todas as camadas da sociedade, com graus de complexidade diferente, constituindo também um dos raros momentos de mistura de latim com vernáculo, neste caso, com o português, sobretudo no canto das jaculatórias. A cidade de Évora não foi alheia a estas práticas, encontrando-se referências à prática de novenas, trezenas e septenários - as práticas devocionais mais comuns - ao longo de todo o século XVIII. Um desses casos refere-se à novena para a festa de São José, cuja música foi escrita por Pedro Vaz Rego, mestre de capela da Catedral de Évora entre 1700 e 1736. A obra de Rego constitui um dos exemplos mais antigos deste tipo de repertório na Catedral eborense, estando próxima temporalmente da edição, em 1724, das Preces, que se devem cantar nos dias da Novena, e festa do Glorioso Patriarcha S. Joseph, uma coleção de música de autor desconhecido que circulou por todo o espaço português da qual a Catedral possuía também uma cópia impressa. Deste modo, a presente comunicação centra-se no estudo destas duas obras, do ponto de vista formal e estrutural, nomeadamente das suas rubricas polifónicas, e as suas possíveis implicações no âmbito da atividade musical na Catedral de Évora na primeira metade do século XVIII.