Prevalence and causes of congenital microcephaly in the absence of a Zika virus outbreak in southern Brazil

Objetivo: Identificar as causas da microcefalia congênita no Rio Grande do Sul, Região Sul do Brasil, onde não foi detectado surto de ZIKV, de dezembro de 2015 a dezembro de 2016. Esse foi o período em que a infecc¸ão por ZIKV estava em seu auge no Nordeste do Brasil. Métodos: Este é um estudo trans...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Herber, Silvani (author)
Other Authors: Silva, André Anjos da (author), Sanseverino, Maria Teresa Vieira (author), Friedrich, Luciana (author), Ranieri, Tani Schilling (author), Favreto, Catia (author), Fraga, Lucas Rosa (author), Terra, Anna Pires (author), Schwartz, Ida Vanessa Doederlein (author), Faccini, Lavinia Schuler (author)
Format: article other
Language:eng
Published: 2019
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/201522
Country:Brazil
Oai:oai:www.lume.ufrgs.br:10183/201522
Description
Summary:Objetivo: Identificar as causas da microcefalia congênita no Rio Grande do Sul, Região Sul do Brasil, onde não foi detectado surto de ZIKV, de dezembro de 2015 a dezembro de 2016. Esse foi o período em que a infecc¸ão por ZIKV estava em seu auge no Nordeste do Brasil. Métodos: Este é um estudo transversal no qual todas as notificac¸ões de microcefalia congênita no estado do Rio Grande do Sul foram incluídas para análise. A avaliação dos casos seguiu as orientações do Ministério da Saúde. A avaliac¸ão dismorfológica e neurológica foi feita por uma equipe especializada e os testes genéticos e as neuroimagens foram feitos quando indicado clinicamente. As infecc¸ões STORCH (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes simples) foram diagnosticadas utilizando testes padrão. A infecção por ZIKV foi diagnosticada por meio da transcriptase reversa seguida de reac¸ão em cadeia da polimerase (RT-PCR) no soro materno e/ou neuroimagem associada a critérios clínicos/epidemiológicos. Resultados: De 153.744 nascidos vivos registrados no período do estudo, 148 bebês foram casos notificados, porém 90 (60,8%) casos foram excluídos posteriormente como microcefalia ‘‘não confirmada’’. Nos 58 casos confirmados de microcefalia (prevalência = 3,8/10.000 nascidos vivos), as infecc¸ões congênitas (sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e ZIKV) constituíram a etiologia predominante (50,0%), seguidas de doenc¸as ligadas ao SNC isolado (15,5%) e síndromes genéticas (10,3%). A síndrome congênita do ZIKV (SCZ) com fenótipo típico foi diagnosticada em três casos (5,2% de todos os casos confirmados de microcefalia ou 10,4% de todas as infecções congênitas). Conclusão: No Rio Grande do Sul, Brasil, onde não foi registrado surto de infecção por ZIKV, a principal causa de microcefalia congênita foram infecções congênitas e o risco atribuível para SCZ na etiologia de microcefalia foi de 5,2%.