Evolução hospitalar de pacientes submetidos a assistência circulatória com balão intra-aórtico durante intervenção coronária percutânea de alto risco: registro InCor

INSTRODUÇÃO: O balão intra-aórtico (BIA) é utilizado há décadas como dispositivo de assistência circulatória, sendo recomendado na maioria das diretrizes, apesar da fraca evidência em relação à redução da mortalidade. O objetivo deste estudo foi avaliar o uso do BIA como ferramenta adjunta na interv...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Conejo,Fábio (author)
Other Authors: Santos,Luciano Nunes dos (author), Ribeiro,Henrique Barbosa (author), Campos,Carlos A. (author), Pozetti,Antônio Hélio (author), Lopes Jr.,Augusto C. (author), Esper,Rodrigo Barbosa (author), Filho,Antônio Esteves (author), Spadaro,André Gasparini (author), Soares,Paulo Rogério (author), Perin,Marco Antonio (author), Ribeiro,Expedito E. (author), Marchiori,Gilberto (author)
Format: article
Language:por
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000400009
Country:Brazil
Oai:oai:scielo:S2179-83972011000400009
Description
Summary:INSTRODUÇÃO: O balão intra-aórtico (BIA) é utilizado há décadas como dispositivo de assistência circulatória, sendo recomendado na maioria das diretrizes, apesar da fraca evidência em relação à redução da mortalidade. O objetivo deste estudo foi avaliar o uso do BIA como ferramenta adjunta na intervenção coronária percutânea (ICP). MÉTODOS: Registro unicêntrico que analisou a evolução hospitalar de 134 pacientes consecutivos que utilizaram BIA durante ICP de alto risco ou na vigência de choque cardiogênico. RESULTADOS: A média de idade foi de 64,7 + 12,5 anos e 67,9% eram do sexo masculino. A população apresentou características de alto risco, com 33,5% de diabéticos, 73,1% tratados na vigência de infarto do miocárdio, 68,6% com padrão triarterial, e fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 38,6 + 16,1%. Fluxo TIMI 2/3 foi obtido em 86,4% dos casos, sendo tratada 1,6 + 0,6 lesão/paciente. Ocorreram 18 (13,4%) reinfartos, dos quais 9 (6,7%) por trombose do stent, sendo 2 (1,4%) pacientes encaminhados para cirurgia de revascularização miocárdica e 16 (11,9%), para nova ICP. A mortalidade hospitalar foi de 61,2% e a taxa de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) foi de 67,2%. Por análise multivariada, foram preditores de mortalidade: idade > 65 anos, ICP prévia, necessidade de diálise e padrão triarterial. Os preditores de sobrevida foram: função ventricular normal, fluxo TIMI 2/3 ao final do procedimento e permanência do BIA > 72 horas. CONCLUSÕES: Os pacientes que utilizaram BIA durante ICP apresentaram perfil clínico de risco muito alto, que se refletiu em elevada taxa de óbito. Fatores clínicos, angiográficos e do procedimento podem identificar variáveis que interferem independentemente na mortalidade.